Para evitar traumas e ansiedade, os pais devem investir em muita conversa e em fábulas, como a história da Fada do Dente
Para a maioria das crianças a fase de troca do dente de leite pelo permanente é esperada com muita alegria e ansiedade. Porém, nem todos os pequeninos lidam bem com o fato de ficarem banguelas, principalmente quando são os primeiros da turma. Por isso, é preciso que os pais estejam preparados para fazer esse período ser o mais tranquilo possível.
Para Rosana de Fátima Possobon, coordenadora do Cepae (Centro de Pesquisa e Atendimento Odontológico para Pacientes Especiais) e especialista em comportamento infantil, os pais devem tratar essa fase, que começa entre os 5 e 7 anos, com naturalidade. “Por terem amigos de escola também passando por essa troca de dentes, a maioria das crianças não faz drama diante da possibilidade de expor suas janelinhas, o que facilita a conduta dos pais”, diz a especialista.
Apesar disso, Rosana acredita que a conversa entre pais e filhos é fundamental para o entendimento da criança sobre os fatos que estão para acontecer. “Ao perceber o amolecimento dos primeiros dentes, os pais devem antecipar para a criança os acontecimentos, explicando que sua janelinha será temporária e que, em breve, será substituída por um dente novinho em folha, mais bonito e mais forte. E que esse dente precisará de cuidados intensos de higiene, como se fosse um bebê”, diz.
Vale também expor para a criança que essa fase é sinal de que ela está crescendo e ficando cada vez mais parecida com o papai e a mamãe. Assim, ela vai ficar ainda mais orgulhosa de passar por essa transformação, sem crises ou traumas.
Deixar cair sozinho
Uma forma de evitar sofrimento e futuros traumas é deixar o dente cair sozinho, sem arrancá-lo ou forçá-lo drasticamente. Para ter certeza que a hora chegou, o pai deve, com uma gaze ou algodão, balançar o dente suavemente de um lado para outro. Se perceber que está bem molinho, basta puxá-lo que ele sairá sem dor.
Caso perceba que ainda está um pouco duro, a melhor coisa a se fazer é segurar a ansiedade do filho e esperar mais um pouco. “Tentar acelerar o processo natural da coisa, usando força, pode machucar a criança e criar traumas em relação à queda dos próximos dentes”, diz Rosana.
Fada do dente
A verdade é que muitas crianças curtem e esperam ansiosamente por essa fase de troca dental por causa dos brinquedos ou moedas que a Fada do Dente costuma deixar em troca dos dentes perdidos. Essa brincadeira, que vem desde a época dos vikings, tem ajudado muitos pais a acabarem com o medo das crianças de perder um dente e ficar banguela.
“Como esse processo se inicia por volta dos 6 anos, fase que as crianças adoram contos de fadas, os pais usam esse artifício de trocar o dente que caiu por uma moeda ou um brinquedo para deixar a situação mais divertida e encantadora para as crianças”, diz a especialista que garante que o método é um sucesso entre seus pacientes.
Traumas com ficar banguela
Porém, existem algumas crianças que mesmo com toda a fábula da Fada do Dente e a conversa dos pais, acabam não encarando bem a fase banguela por achar que vão ficar feias ou que serão motivo de piadas entre os colegas.
“Isso costuma acontecer principalmente quando esta criança é a primeira da turma a ficar banguela. Se ela se mostrar insegura e envergonhada pela perda dos dentes, os pais devem intensificar as conversas sobre como tudo isso é natural, ajudar mostrando fotos de outras crianças nessa fase ou ainda conversar sobre isso com a escola para que a professora possa explicar a situação para todos os alunos, mostrando que todos passarão pela mesma fase logo”, diz Rosana.
DRA. KARINE QUINTÃO
Dentista • Clínica Geral • Odontopediatria • Pacientes Especiais
Trav. Dr. Brito, 91 (PROSAT), Guanhães-MG (33) 3421-1532 • 3421-2026
Conheça e combata as principais doenças bucais
O segredo para se ter uma saúde bucal impecável é mais simples do que se pensa. Basta visitar o dentista pelo menos duas vezes por ano, fazer uma limpeza bucal completa e eficiente após as refeições e beber bastante água. Mas, por mais fácil que pareça, poucas pessoas mantêm esses hábitos. E é aí que os inimigos dos dentes e da boca surgem com mais facilidade. Luana Campos, cirurgiã-dentista da clínica Interclin, listou as principais doenças bucais que, se não evitadas ou tratadas corretamente, podem virar um problema sério.
Cárie
A cárie está entre as doenças dentárias mais comuns do mundo. Ela surge quando as bactérias da boca passam a transformar os restos de alimentos (que se acumulam por conta de uma higienização falha) em ácidos que corroem o dente. “Os primeiros sinais da cárie são manchas brancas ou amarronzadas que, se não tratadas, podem causar inflamação e dor”, diz a especialista. Embora comum e fácil de tratar, é bom ter muito cuidado com essa doença, pois ela é transmissível e infecciosa.
Gengivite
Também bastante comum, a gengivite é uma inflamação na gengiva que acomete nove entre dez pessoas. Esse fato é bastante desanimador, uma vez que, segundo Luana, a principal causa dessa doença é má escovação e higiene bucal. Entre os sintomas estão: gengiva vermelha escura, moles e inchadas, sangramento ao escovar os dentes e dor local. “Em alguns casos, pode ocorrer a presença de úlcera e, quando não tratada, a piora do quadro inflamatório (periodontite) pode causar a perda do dente”, diz Luana.
Halitose
O mau hálito atinge cerca de 40% da população e pode ser causado por gengivite, estresse, ansiedade, alimentação errada, baixo consumo de água, doenças sistêmicas ou por má higienização da boca. O tratamento vai depender da origem do problema, embora a maioria seja baseada em acompanhamento médico e mudanças de hábitos alimentares, de rotina e de higiene do paciente.
Aftas
As aftas são formas comuns de úlceras (feridas) na boca e costumam ser brancas ou amareladas e bastante doloridas. “Elas podem aparecer após trauma local (mordida ou atrito), baixa imunidade, estresse emocional, deficiência vitamínica, mudança hormonal, por causa de alguma doença específica ou por uso de algumas medicações”, diz Luana.
Herpes
O herpes labial é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus (HSV). Ele se apresenta por pequenas vesículas que, ao se romperem, formam úlceras doloridas. “Baixa imunidade, manter contato íntimo e compartilhar objetos com uma pessoa que tenha herpes labial são fatores de risco para a doença, já que é altamente contagiosa e geralmente não manifesta sinais de ocorrência no início da infecção”, diz a especialista.
DRA. KARINE QUINTÃO
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Verdade ou mito? Tudo sobre o dente siso
Especialista desmistifica tudo sobre o dente do siso e sua extração tão temida pelos pacientes
Popularmente conhecido como dente do juízo, por seu nascimento ocorrer na maioria das vezes entre os 17 e 21 anos de idade, o dente do siso e sua extração causam muitas dúvidas nas pessoas. Para não parecer mais um bicho de sete cabeças, o especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, Alessandro Silva, esclarece conta o que é mito e o que é verdade, além de garantir que, quando bem realizada, a extração desse dente pode ser uma experiência corriqueira e sem traumas.
Todo mundo que tem dente do siso deve tirá-lo - MITO
Nem sempre o dente do siso é sinônimo de problema. Se ele estiver em uma posição que possa ser higienizado facilmente, se ele consegue tocar o dente superior a ponto de ajudar na mastigação e se estiver livre de infecções, pode e deve ser mantido. “Mas se um desses fatores apresentar problema, a remoção deve ser realizada”, diz o especialista.
O dente do siso desalinha os outros dentes - MITO
Esse item divide a opinião dos profissionais. Muitas pessoas que já têm um desalinhamento dental, principalmente na parte da frente da arcada inferior, apresentam uma piora no quadro dos 17 aos 21 anos, bem na época que começam a nascer os dentes do siso. Por isso, muitos profissionais atribuem essa piora ao siso. Porém, Alessandro discorda. “O aumento do desalinhamento ocorre devido a um crescimento adicional e tardio da mandíbula, que ocorre justamente na mesma época do nascimento dos dentes do siso”, diz Alessandro.
Quem extrai um dos dentes do siso, precisa extrair os outros - MITO
Apesar de acontecer na maioria das vezes, a extração de todos os dentes do siso nem sempre é obrigatória. Se os outros estiverem saudáveis e auxiliando a mordida, podem ficar. “A extração de todos os dentes é muitas vezes preventiva, pois a presença deles poderá causar problemas futuros”, diz o dentista.
Tomar sorvete é recomendado após a cirurgia de extração do dente - VERDADE
Normalmente, o consumo de alimentos pastosos e gelados é recomendado após qualquer tipo de cirurgia na boca. “Costumamos indicar esse tipo de alimentação, pois, além do gelado ajudar a diminuir a infecção, estamos preocupados com a higienização do local e a mastigação. Ingerir alimentos mais sólidos obrigaria o paciente a intensificar a mastigação, o que poderia causar lesões no local da cirurgia, além disso, comer comida mais dura pode dificultar, mais tarde, a higienização do local. Imagina se um arroz fica preso? Alimentos pastosos deslizam mais fácil na cavidade bucal”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista da USP.
O dente do siso pode atrapalhar os tratamentos ortodônticos - VERDADE
Dependendo da posição do siso, ele pode atrapalhar. “Mas isso vai depender da ordem em que os dentes vão nascer e dos movimentos que o ortodontista precisará fazer nos dentes durante o tratamento ortodôntico”, diz o especialista.
O dente do siso deve ser retirado na adolescência - MITO
A idade ideal vai depender da forma e da posição dos dentes. É mais comum extraí-los por volta dos 17 anos. “Contudo a melhor idade para sua remoção é entre 14 e 16 anos, pois nesta fase as raízes ainda não estão totalmente formadas e ele já se apresenta em uma posição favorável para sua remoção”, diz Alessandro.
O dente do siso pode causar tumor - VERDADE
Em alguns casos, a presença prolongada do dente do siso dentro do osso pode causar cistos ou tumores que levam a grandes destruições ósseas. “Por serem lesões normalmente assintomáticas nos seus estágios iniciais, a radiografia para ver se há dentes inclusos e lesões é obrigatória”, diz o dentista.
A extração sempre causa inchaço no paciente - MITO
O inchaço vai depender de como estava a posição do dente durante a cirurgia, da delicadeza do cirurgião e da resposta do individuo. “Um pequeno e discreto inchaço é inevitável na maioria dos casos, mas muitas vezes imperceptível no dia a dia”, diz Alessandro.
Não é recomendado escovar a região operada logo após a cirurgia - VERDADE
Mas isso não quer dizer que o paciente não possa escovar os dentes nesse período. Pode e deve. Só não pode escovar a região onde foi realizada a cirurgia. “Bochechos com antissépticos bucais podem ajudar bastante a manter limpa a região”, diz o especialista.
DRA. KARINE QUINTÃO
Dentista • Clínica Geral • Odontopediatria • Pacientes Especiais
Trav. Dr. Brito, 91 (PROSAT), Guanhães-MG (33) 3421-1532 • 3421-2026
Popularmente conhecido como dente do juízo, por seu nascimento ocorrer na maioria das vezes entre os 17 e 21 anos de idade, o dente do siso e sua extração causam muitas dúvidas nas pessoas. Para não parecer mais um bicho de sete cabeças, o especialista em cirurgia e traumatologia buco-maxilo-facial, Alessandro Silva, esclarece conta o que é mito e o que é verdade, além de garantir que, quando bem realizada, a extração desse dente pode ser uma experiência corriqueira e sem traumas.
Todo mundo que tem dente do siso deve tirá-lo - MITO
Nem sempre o dente do siso é sinônimo de problema. Se ele estiver em uma posição que possa ser higienizado facilmente, se ele consegue tocar o dente superior a ponto de ajudar na mastigação e se estiver livre de infecções, pode e deve ser mantido. “Mas se um desses fatores apresentar problema, a remoção deve ser realizada”, diz o especialista.
O dente do siso desalinha os outros dentes - MITO
Esse item divide a opinião dos profissionais. Muitas pessoas que já têm um desalinhamento dental, principalmente na parte da frente da arcada inferior, apresentam uma piora no quadro dos 17 aos 21 anos, bem na época que começam a nascer os dentes do siso. Por isso, muitos profissionais atribuem essa piora ao siso. Porém, Alessandro discorda. “O aumento do desalinhamento ocorre devido a um crescimento adicional e tardio da mandíbula, que ocorre justamente na mesma época do nascimento dos dentes do siso”, diz Alessandro.
Quem extrai um dos dentes do siso, precisa extrair os outros - MITO
Apesar de acontecer na maioria das vezes, a extração de todos os dentes do siso nem sempre é obrigatória. Se os outros estiverem saudáveis e auxiliando a mordida, podem ficar. “A extração de todos os dentes é muitas vezes preventiva, pois a presença deles poderá causar problemas futuros”, diz o dentista.
Tomar sorvete é recomendado após a cirurgia de extração do dente - VERDADE
Normalmente, o consumo de alimentos pastosos e gelados é recomendado após qualquer tipo de cirurgia na boca. “Costumamos indicar esse tipo de alimentação, pois, além do gelado ajudar a diminuir a infecção, estamos preocupados com a higienização do local e a mastigação. Ingerir alimentos mais sólidos obrigaria o paciente a intensificar a mastigação, o que poderia causar lesões no local da cirurgia, além disso, comer comida mais dura pode dificultar, mais tarde, a higienização do local. Imagina se um arroz fica preso? Alimentos pastosos deslizam mais fácil na cavidade bucal”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista da USP.
O dente do siso pode atrapalhar os tratamentos ortodônticos - VERDADE
Dependendo da posição do siso, ele pode atrapalhar. “Mas isso vai depender da ordem em que os dentes vão nascer e dos movimentos que o ortodontista precisará fazer nos dentes durante o tratamento ortodôntico”, diz o especialista.
O dente do siso deve ser retirado na adolescência - MITO
A idade ideal vai depender da forma e da posição dos dentes. É mais comum extraí-los por volta dos 17 anos. “Contudo a melhor idade para sua remoção é entre 14 e 16 anos, pois nesta fase as raízes ainda não estão totalmente formadas e ele já se apresenta em uma posição favorável para sua remoção”, diz Alessandro.
O dente do siso pode causar tumor - VERDADE
Em alguns casos, a presença prolongada do dente do siso dentro do osso pode causar cistos ou tumores que levam a grandes destruições ósseas. “Por serem lesões normalmente assintomáticas nos seus estágios iniciais, a radiografia para ver se há dentes inclusos e lesões é obrigatória”, diz o dentista.
A extração sempre causa inchaço no paciente - MITO
O inchaço vai depender de como estava a posição do dente durante a cirurgia, da delicadeza do cirurgião e da resposta do individuo. “Um pequeno e discreto inchaço é inevitável na maioria dos casos, mas muitas vezes imperceptível no dia a dia”, diz Alessandro.
Não é recomendado escovar a região operada logo após a cirurgia - VERDADE
Mas isso não quer dizer que o paciente não possa escovar os dentes nesse período. Pode e deve. Só não pode escovar a região onde foi realizada a cirurgia. “Bochechos com antissépticos bucais podem ajudar bastante a manter limpa a região”, diz o especialista.
DRA. KARINE QUINTÃO
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Entenda como bactérias da boca podem chegar ao coração
Sem o devido cuidado, muitas infecções e problemas bucais podem se transformar em doenças sérias do coração e do corpo
A boca é uma verdadeira colônia de bactérias, que se fixam na superfície dos dentes, nas próteses ou na própria mucosa, formando o biofilme. Esses micro-organismos, se acumulados, podem causar doenças locais, como a cárie, a gengivite e a periodontite, mas também podem desencadear problemas em outras partes do corpo.
Depois de uma cirurgia na boca, uma limpeza de tártaro ou ainda se uma pessoa ignora uma infecção, pode acorrer a bacteremia transitória. Isso acontece quando as bactérias acham uma saída na boca para entrar na corrente sanguínea, com acesso a todo o corpo. “A presença de bactérias na corrente sanguínea pode causar problemas graves quando atinge o coração, como a endocardite bacteriana”, diz Alessandro Silva, cirurgião buco maxilo facial e diretor da clínica Interclin.
Essa doença é uma infecção causada por bactérias, que ocorre nas válvulas cardíacas ou nos tecidos do coração, e pode ser mais grave se o paciente tiver próteses cardíacas ou alguma má-formação do coração. Segundo um estudo feito pela Universidade Federal do Piauí, o índice que mortalidade da endocardite é de 21% em pacientes com má-formação cardíaca e de 50% em pacientes com próteses.
Outros problemas pelo corpo
Para piorar, essas bactérias bucais podem causar outras infecções tão ruins quanto a endocardite. “E aí elas acabam sendo muito mais difíceis de serem tratadas, pois não estão em seu ambiente natural e, por isso, não há inimigos naturais para auxiliar no combate”, diz Alessandro.
Pneumonia a artrite reumática são algumas das doenças que as bactérias da boca, uma vez na corrente sanguínea, podem causar. No caso da pneumonia esses micro-organismos levam a infecção para os pulmões, já na artrite, eles inflamam as articulações.
Prevenção e o papel do dentista
O papel do cirurgião-dentista é fundamental quando se trata de prevenir que as bactérias da boca circulem pelo corpo. Ensinar como fazer uma higienização bucal correta e frequente (com a utilização de fio dental e raspadores de língua) é o primeiro passo, tanto para prevenir infecções, quanto para evitar intervenções cirúrgicas. “O cirurgião-dentista também deve ser devidamente treinado para diagnosticar os pacientes que possuem fatores de risco e tratá-los com mais cautela”, diz Alessandro.
DRA. KARINE QUINTÃO
Dentista • Clínica Geral • Odontopediatria • Pacientes Especiais
Trav. Dr. Brito, 91 (PROSAT), Guanhães-MG (33) 3421-1532 • 3421-2026
A boca é uma verdadeira colônia de bactérias, que se fixam na superfície dos dentes, nas próteses ou na própria mucosa, formando o biofilme. Esses micro-organismos, se acumulados, podem causar doenças locais, como a cárie, a gengivite e a periodontite, mas também podem desencadear problemas em outras partes do corpo.
Depois de uma cirurgia na boca, uma limpeza de tártaro ou ainda se uma pessoa ignora uma infecção, pode acorrer a bacteremia transitória. Isso acontece quando as bactérias acham uma saída na boca para entrar na corrente sanguínea, com acesso a todo o corpo. “A presença de bactérias na corrente sanguínea pode causar problemas graves quando atinge o coração, como a endocardite bacteriana”, diz Alessandro Silva, cirurgião buco maxilo facial e diretor da clínica Interclin.
Essa doença é uma infecção causada por bactérias, que ocorre nas válvulas cardíacas ou nos tecidos do coração, e pode ser mais grave se o paciente tiver próteses cardíacas ou alguma má-formação do coração. Segundo um estudo feito pela Universidade Federal do Piauí, o índice que mortalidade da endocardite é de 21% em pacientes com má-formação cardíaca e de 50% em pacientes com próteses.
Outros problemas pelo corpo
Para piorar, essas bactérias bucais podem causar outras infecções tão ruins quanto a endocardite. “E aí elas acabam sendo muito mais difíceis de serem tratadas, pois não estão em seu ambiente natural e, por isso, não há inimigos naturais para auxiliar no combate”, diz Alessandro.
Pneumonia a artrite reumática são algumas das doenças que as bactérias da boca, uma vez na corrente sanguínea, podem causar. No caso da pneumonia esses micro-organismos levam a infecção para os pulmões, já na artrite, eles inflamam as articulações.
Prevenção e o papel do dentista
O papel do cirurgião-dentista é fundamental quando se trata de prevenir que as bactérias da boca circulem pelo corpo. Ensinar como fazer uma higienização bucal correta e frequente (com a utilização de fio dental e raspadores de língua) é o primeiro passo, tanto para prevenir infecções, quanto para evitar intervenções cirúrgicas. “O cirurgião-dentista também deve ser devidamente treinado para diagnosticar os pacientes que possuem fatores de risco e tratá-los com mais cautela”, diz Alessandro.
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Já emprestou escova de dente? Veja o risco que passou
Casais, pais e filhos ou melhores amigos, não importa, dividir a escova de dentes pode causar troca de bactérias e problemas bucais
Com o convívio diário, acaba sendo inevitável que casais, amigos ou pais e filhos dividam algumas peças de roupas, objetos ou até mesmo itens de higiene pessoal. Embora muitas vezes seja uma atitude de carinho ou conveniência, essa prática pode trazer problemas para a saúde de todos os envolvidos. E não é diferente com o uso da escova de dente.
Como já diz o nome, a escova de dente é um item de higiene pessoal, portanto não deveria ser usado por outras pessoas, seja quem for. A escova tem a função de remover a placa bacteriana da boca e, portanto, mesmo com o enxágue, alguns microrganismos vão permanecer nas suas cerdas. “Ao emprestar sua escova para outra pessoa, estará acontecendo o que chamamos de infecção cruzada, ou seja, você estará passando suas bactérias adiante e recebendo outras de volta”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista formado pela USP.
Quando essa divisão da escova de dente é feita entre pais e filhos, existe um risco maior para a criança. “Os tipos de bactérias que existem na boca dos adultos são diferentes dos da criança, e esse uso compartilhado de escova pode favorecer um contato antecipado com bactérias que não são da microbiota (conjunto de microorganismo) normal da criança”, diz Cássio Fornazari Alencar, odontopediatra.
DRA. KARINE QUINTÃO
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Com o convívio diário, acaba sendo inevitável que casais, amigos ou pais e filhos dividam algumas peças de roupas, objetos ou até mesmo itens de higiene pessoal. Embora muitas vezes seja uma atitude de carinho ou conveniência, essa prática pode trazer problemas para a saúde de todos os envolvidos. E não é diferente com o uso da escova de dente.
Como já diz o nome, a escova de dente é um item de higiene pessoal, portanto não deveria ser usado por outras pessoas, seja quem for. A escova tem a função de remover a placa bacteriana da boca e, portanto, mesmo com o enxágue, alguns microrganismos vão permanecer nas suas cerdas. “Ao emprestar sua escova para outra pessoa, estará acontecendo o que chamamos de infecção cruzada, ou seja, você estará passando suas bactérias adiante e recebendo outras de volta”, diz Breno Nantes, cirurgião-dentista formado pela USP.
Quando essa divisão da escova de dente é feita entre pais e filhos, existe um risco maior para a criança. “Os tipos de bactérias que existem na boca dos adultos são diferentes dos da criança, e esse uso compartilhado de escova pode favorecer um contato antecipado com bactérias que não são da microbiota (conjunto de microorganismo) normal da criança”, diz Cássio Fornazari Alencar, odontopediatra.
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