Sucos de frutas ácidas, refrigerante, vinho. Conheça os 'vilões' da erosão dental e como tratá-la.
Fatores de diferentes ordens, entre eles mudança nos padrões da dieta moderna, hábitos sociais de higiene e ambientais variados, vêm influenciando o aumento da prevalência da erosão dental, que chega afetar 60% da população em algumas regiões. E o que é ainda mais preocupante: tem crescido especialmente entre crianças e jovens. Isso é percebido no dia-a-dia da clínica odontológica.
Caracterizada pela desmineralização química das estruturas dentais, a erosão ocorre pelo ataque de ácidos de origem intrínseca e extrínseca e causa danos progressivos e irreversíveis, que podem chegar a destruição total da coroa e comprometimento pulpar.
Sem dúvida, a principal forma de exposição é o consumo de alimentos e, em especial, de bebidas ácidas, como suco de frutas ácidas, naturais ou industrializados, refrigerantes, bebidas esportivas (isotônicos) e vinho, que vem crescendo nos últimos anos. A etiologia das lesões de erosão dental também está associada ao ataque de ácidos intrínsecos oriundos do estômago, processo comum em quem vomita com freqüência, seja por problemas gastroesofágicos, ou em decorrência de distúrbios alimentares como bulimia e anorexia.
Fatores ambientais também influência na maior ocorrência do problema, como trabalhar em indústrias que usam produtos ácidos, e entre nadadores que ficam muito tempo em contato com a água quimicamente tratada.
Quando a erosão dental é percebida no início, a situação é revertida com a eliminação ou controle dos agentes causadores, através de medidas simples e com colaboração do paciente e, se necessário, de outros profissionais da saúde. No entanto, se o desgaste estiver avançado, precisa lançar mão de procedimentos restauradores, às vezes de execução complexa e dispendiosos.
Observada no enfoque mais amplo, a erosão dental, suas causas, consequências e terapias, são um bom exemplo de como a odontologia e a saúde bucal interagem com informações de diferentes origens: o estilo de vida do paciente, sua rotina, seus hábitos alimentares, condições de saúde geral, entre outros. Assim, diagnóstico tratamento e prevenção não podem se limitar somente à boca.
(Revista ABO Nacional - 2010)
Dra. Karine Quintão
Clínica Geral • Odontopediatria • Pacientes Especiais
Trav. Dr. Brito, 91 (PROSAT), Guanhães-MG (33) 3421-1532 • 3421-2026
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