O fluoreto — também conhecido como flúor — é um elemento da natureza de origem mineral muito importante para a saúde dos dentes e dos ossos. Presente em alimentos como arroz, soja, espinafre e frutos do mar, assim como em boa parte das fontes de água, ele tem papel fundamental na proteção dos dentes e na prevenção da perda de minerais do esmalte dentário, evitando o desenvolvimento das cáries.De acordo com o cirurgião-dentista Paulo Frazão, do Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal da USP (Universidade de São Paulo), a cárie é “um processo de desmineralização que ocorre quando bactérias liberam substâncias ácidas que atacam o esmalte do dente”.
Se a perda de mineral do dente é maior do que sua reposição pela saliva, surgem as cáries, que inicialmente aparecem com o aspecto de manchas brancas e opacas; e em estágios mais avançados, sob a forma de cavidades.
O dentista Marco Manfredini, conselheiro do Crosp (Conselho Regional de Odontologia do Estado de São Paulo), explica que “o flúor é capaz de reverter parcialmente esse processo, remineralizando a estrutura do dente e inibindo a formação do biofilme dental, reduzindo o risco de doenças gengivais e formando menos placas bacterianas, o que reduz o risco de cáries”.
Para Frazão, a expansão do uso de fluoretos contribuiu para a redução de cáries na população infanto-juvenil.
- A disponibilização de água e cremes dentais fluoretados para a população brasileira trouxe modificações significativas no perfil epidemiológico da cárie, uma doença muito comum na primeira infância, quando os dentes ainda estão em fase de formação.
Por isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Ministério da Saúde e as entidades odontológicas e de saúde coletiva do Brasil têm endossado o uso do flúor na água de abastecimento público.
Cuidado com o excesso
Como tudo que vem em excesso faz mal, vale frisar que o flúor só agrega benefícios às pessoas se administrado corretamente, em uma quantidade que não ultrapasse os níveis de concentração indicados.
Segundo o guia de recomendações para o uso de fluoretos no Brasil, elaborado pelo Ministério da Saúde, a concentração de flúor adicionada às pastas de dente, usualmente em torno de 1.100 a 1.500 ppm, “tem, comprovadamente, efeito sobre a prevalência e gravidade da cárie em populações”.
Crianças de até cinco anos de idade, no entanto, devem ser supervisionadas pelos pais na hora da escovação para evitar a ingestão de creme dental e reduzir o risco de fluorose dentária.
- É incorreta a ideia de que quanto mais flúor, melhor, pois há padrões para utilização desse composto. Se durante o período da formação do dente a criança for exposta a uma quantidade excessiva de flúor, pode desenvolver fluorose. Um dos sinais característicos da fluorose é o aparecimento de pequenas manchas brancas nos dentes.
Segundo Manfredini, “as pastas de dente com concentrações de 1000 ppm de flúor são mais eficazes para a prevenção da cárie dentária do que aquelas com concentrações menores”.
- Colocar o creme dental no sentido transversal da escova de dente, e não no longitudinal é uma dica para que a quantidade de pasta não seja excessiva. O ideal é que a quantidade colocada não ultrapasse o tamanho de um grão de arroz.
Fonte: R7
Dra. Karine Quintão
Dentista • Clínica Geral • Odontopediatria • Pacientes Especiais
Trav. Dr. Brito, 91 (PROSAT), Guanhães-MG
(33) 3421-1532 • 3421-2026
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